Leitura: Salmos 82

Seleção

Sl 82.1Deus preside a assembleia dos céus; no meio dos seres celestiais, anuncia seu julgamento: 2“Até quando tomarão decisões injustas que favorecem a causa dos perversos? 3“Façam justiça ao pobre e ao órfão, defendam os direitos do oprimido e do desamparado. 4Livrem o pobre e o necessitado, libertem-nos das garras dos perversos.

Salmos 82.1-4

Observação

Este Salmo ilustra um tribunal onde Deus assume o posto de juiz diante da assembleia de seu povo. Em sua sentença, Ele condena os próprios magistrados humanos por cometerem injustiças na terra ao favorecerem os perversos. Esses magistrados, que deveriam ser representantes de Deus, julgando a humanidade com justiça e equidade, deixaram-se perverter. Ao invés de agir com retidão para com pobres, órfãos, oprimidos e desamparados, beneficiaram os poderosos.

Perceba que a injustiça que vemos em nossos dias não é algo novo. O coração do homem sempre foi naturalmente mau e, por isso, sempre buscou se beneficiar de alguma forma. Portanto, quando um magistrado, cujo coração é corrompido pelo mal, está diante de uma situação que pode lhe trazer vantagem, ele assim fará, mesmo que isso custe sofrimento a um desamparado.

Muitas vezes, quando olhamos para nossos representantes do judiciário, especialmente aqueles indicados ao cargo por líderes políticos, nos sentimos desamparados. Aqueles que foram colocados em seus cargos para serem a última instância jurídica do país parecem corrompidos pelo sistema e agem com injustiça. Por isso, parece que não há para quem recorrermos.

Mas, assim como o salmista fez, precisamos recorrer Àquele que julgará todas as nações. Precisamos recorrer ao Justo Juiz que se assentará no trono de justiça e julgará vivos e mortos. Diante dEle, devemos pedir que a justiça seja feita. E, porque Ele julga com equidade, devemos descansar no fato de que a justiça será estabelecida.

No entanto, talvez não vejamos a conclusão desse julgamento em vida. É possível que Ele estabeleça sua justiça plena apenas no dia do julgamento final. Ainda que esperemos receber um veredito favorável em vida, é possível que recebamos os benefícios somente na eternidade. Mas isso não deveria nos entristecer. Os dias aqui na terra já estão contados. Estamos aqui de passagem. A nossa morada final será nos novos céus e nova terra. Lá sim experimentaremos a justiça divina em sua plenitude. Por isso, descansamos hoje, sabendo que a justiça de Deus será feita e os justos herdarão o Reino dos céus.

Petição

Senhor, não permita que eu me angustie com a injustiça dos homens. Ajuda-me a esperar  com paciência por tua justiça. 

Aplicação

Descansarei na justiça de Deus.