Meu coração não obedece ordens | Marcos 12

Leitura: Marcos 12

Seleção

[…] Qual é o principal de todos os mandamentos? Jesus respondeu: O principal é: “Escute, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e com toda a sua força.”
Marcos 12.28-30

Observação

Um mestre judeu perguntou a Jesus qual era o principal mandamento. Sua resposta, baseada no Antigo Testamento, fala sobre amar a Deus a cima de todas as outras coisas. A maioria de nós conhece muito bem esse mandamento. Mas poucos se atentam a um “detalhe” que faz toda a diferença: o nosso objeto de amor é nosso Senhor. E, quando entendemos o significado dessa palavra, enxergamos implicações cruciais.

A ordem de amar a Deus pode soar muito vaga. Afinal de contas, como amar alguém que sequer conheço? Sejamos sinceros. Como amar alguém simplesmente porque recebemos uma ordem para amar essa pessoa? Conhecemos nosso coração… Ele não obedece ordens para amar alguém a quem somos obrigados. E, para piorar, como amar um Deus que, aparentemente, é como um juiz que está pronto para punir e condenar pecadores?

É aí que entra o significado da palavra “SENHOR”. Perceba que essa palavra é repetida três vezes, o que traz um grande peso de importância. Na língua grega (idioma em que o Novo Testamento foi escrito), essa palavra nos dá um senso de pertencimento, de posse. Significa que Deus é o nosso DONO.

Mas calma, não se trata de um dono que tem suas posses como objetos de seus desejos. Ele é nosso DONO porque nos COMPROU por um alto preço. Estávamos perdidos em pecados, escravos de nossos prazeres e desejos. Buscando sentido para nossas vidas, experimentamos inúmeras opções de prazer que a vida oferece, mas nada preenchia o vazio.

No entanto, Deus, com seu imenso amor, enviou seu Próprio Filho para que, em sua morte, o preço de nossa liberdade fosse pago. Agora, aqueles que creem nessa verdade são livres! Livres da escravidão dos desejos. Livres para ter um Deus que sim, é nosso Senhor. Mas que não se comporta como um senhor de escravos dos tempos antigos, e sim como um Deus de amor incondicional e sacrificial. Isso significa que fomos adotados em sua família; somos seus filhos.

Com isso em mente, recebemos a ordem de amá-Lo. Portanto, nosso papel é corresponder a esse amor. Não se trata de amar um deus castigador e ditador que sequer conhecemos direito. Mas sim de responder com gratidão àquele que nos amou primeiro, que sacrificou seu Próprio Filho por amor a nós quando ainda éramos pecadores.

Percebe como é leve? Não amamos porque somos obrigados. Amamos porque somos gratos. E essa gratidão será manifestada por meio de uma vida de obediência. Amarei o meu Senhor com todo o meu coração, alma, entendimento e força.