Leitura: Êxodo 5
Seleção
Naquele mesmo dia, o faraó deu a seguinte ordem aos capatazes egípcios e aos supervisores israelitas: “Não forneçam mais palha para o povo fazer tijolos. De agora em diante, eles mesmos devem juntá-la! No entanto, continuem a exigir que produzam a mesma quantidade de tijolos que antes. Não reduzam a cota. Eles são preguiçosos e, por isso, clamam: ‘Deixe-nos sair para sacrificar ao nosso Deus’.
Êxodo 5.6-8
Observação
Deus havia chamado o povo de Israel para adorá-lo no deserto. Mas, quando Moisés e Arão apresentaram esse pedido ao Faraó, a resposta foi dura. Eles deveriam continuar a produzir a mesma quantidade de tijolos por dia e ainda deveriam ir atrás da palha para fabricação dos tijolos. Em outras palavras, o trabalho foi usado como ferramenta de opressão. Quanto mais ocupados, menos tempo teriam para pensar em Deus.
Isso acontece ainda hoje. Talvez não estejamos sob o jugo de Faraó, mas muitos vivem sob o jugo do excesso de trabalho, da produtividade sem limites, das exigências sem descanso. E, nessa correria, a primeira coisa a desaparecer é a adoração ao Senhor. O tempo de oração vira luxo. A leitura bíblica é adiada. Os cultos semanais se tornam ocasionais. Aos poucos, perdemos o propósito da vida: adorar a Deus.
Há uma escravidão sutil acontecendo quando o trabalho ocupa o lugar da devoção. O Senhor nos criou para adorá-lo, mas o mundo insiste em nos prender à fabricação constante de “tijolos”. E, se não vigiarmos, nosso coração pode se acostumar a esse cativeiro.
Deus libertou Israel para que o adorasse. E Ele continua chamando Seu povo à liberdade — uma liberdade que inclui o descanso, a comunhão e a adoração.
Petição
Senhor, livra-me da escravidão disfarçada de produtividade. Ensina-me a priorizar a adoração acima das exigências do mundo. Quero viver para Ti, e não apenas para o trabalho.
Aplicação
Ficarei atento ao risco dos excessos de trabalho.