A alegria do justo em meio à prosperidade dos injustos

Leitura: Salmos 73

Seleção

Certamente Deus é bom para Israel, para os que têm coração puro. Quanto a mim, quase tropecei; meus pés escorregaram e quase caí. Pois tive inveja dos orgulhosos quando os vi prosperar apesar de sua perversidade. Levam uma vida sem sofrimento e têm o corpo saudável e forte. Não enfrentam dificuldades, nem estão cheios de problemas, como os demais.
Salmos 73.1-5

Observação

Um dos pecados mais difíceis de se confessar é a inveja. Isso porque é quase como uma declaração de derrota, um sentimento de desconforto e dor por não ter o que o outro tem. O salmista foi muito sincero ao confessar seu pecado, expressando sua indignação pelo fato de que, enquanto seguia uma vida íntegra e ainda assim passava por dificuldades, homens orgulhosos e zombadores prosperavam.

Por mais difícil que seja reconhecer esse tipo de pecado, ele não costuma estar longe dos nossos corações. Mesmo em homens e mulheres íntegros, piedosos e honestos, esse sentimento pode estar presente. Trata-se de um misto de tristeza e indignação ao ver a prosperidade de pessoas más, enquanto os justos não experimentam a mesma abundância. O próprio salmista questiona nos versos 13 e 14: “Foi à toa que mantive o coração puro? Foi em vão que agi de modo íntegro? O dia todo só enfrento problemas; cada manhã sou castigado.”

No entanto, quando o salmista entrou no santuário de Deus, percebeu sua tolice e ignorância. Ele reconheceu que, enquanto os perversos teriam um destino terrível, ele, sendo justo, estava guardado por Deus e seria conduzido a um destino eterno glorioso.

Portanto, meu irmão e minha irmã, pare de olhar para aqueles que possuem mais do que você e não fazem nada para merecer. Seja porque possuem mais dinheiro, bens materiais, fama ou prestígio. Se permanecerem em caminhos maus, serão julgados e condenados por Deus. E, se nós, ainda que tenhamos dificuldades na vida, permanecermos íntegros e fiéis, seremos contados como seus filhos e receberemos a herança eterna.

Então, tenhamos nossos olhos fixos em Deus e o coração focado não nos bens que a ferrugem corrói, mas no tesouro eterno e imperecível que nos aguarda. Que possamos declarar diante de Deus o que o próprio salmista disse: “²⁶Minha saúde pode acabar e meu espírito fraquejar, mas Deus continua sendo a força de meu coração; ele é minha possessão para sempre. ²⁷Os que te abandonam perecerão, pois destróis os que de ti se afastam. ²⁸Quanto a mim, como é bom estar perto de Deus! Fiz do Senhor Soberano meu refúgio e anunciarei a todos tuas maravilhas.”