Leitura: Salmos 65

Seleção

Que grande louvor, ó Deus, te aguarda em Sião! Cumpriremos os votos que te fizemos, pois respondes às nossas orações; todos virão a ti. […] Tu respondes às nossas orações com notáveis feitos de justiça, ó Deus de nossa salvação. És a esperança de todos na terra, e até dos que navegam por mares distantes. 6Formaste os montes com teu poder e de grande força te armaste. Acalmaste a fúria dos mares e as ondas impetuosas, e calaste o tumulto das nações.

Salmos 65.1,2,5-7

Observação

No presente Salmo, Davi começa expressando o grande louvor que o povo prestaria a Deus, pois Ele havia respondido às suas orações. Ele completa, afirmando que o Senhor é a esperança de todos na terra e detém o controle sobre Sua criação, desde os mares até as nações, as chuvas e as plantações.

Por trás dessas palavras, está a doutrina da providência divina. Essa doutrina sustenta que Deus, como soberano Criador e Mantenedor do universo, governa todas as coisas de acordo com o conselho de Sua vontade. Ela afirma que Deus não apenas criou o mundo, mas também está ativamente envolvido em sustentá-lo e governá-lo em cada aspecto, desde os eventos cósmicos até os detalhes mais íntimos da vida de cada indivíduo.

Essa doutrina oferece consolo e segurança aos cristãos, pois reconhece que Deus está no controle supremo de todas as coisas e que Seu plano soberano é imutável. Ao mesmo tempo, enfatiza a responsabilidade humana, que nos ensina a agir em conformidade com a vontade revelada de Deus, mesmo que Ele seja soberano sobre todas as coisas.

E, dentro do escopo da responsabilidade humana está a oração. Somos ensinados que, apesar da providência divina, devemos orar a Deus. Dentre os tipos de oração, podemos destacar as súplicas, que são os pedidos. Deus, sendo não somente o Mantenedor da criação, é também nosso Pai amado, o que significa que, independentemente do que precisemos, Ele suprirá. Talvez Ele não nos dê o que desejamos, mas definitivamente nos dará o que precisamos.

Tiago, em sua carta (Tg 4.3), diz que não recebemos de Deus aquilo que pedimos porque nossas motivações não são corretas. Segundo ele, Deus não responderá quando pedimos coisas que simplesmente nos trazem prazer. No entanto, se pedirmos conforme a vontade de Deus, certamente Ele se alegrará em conceder nosso pedido, especialmente se nossa súplica se alinhar com Seus planos eternos.

Diante dessa verdade, somos encorajados, em primeiro lugar, a examinar as motivações de nossos pedidos. No entanto, isso não deve nos desencorajar a pedir; pelo contrário, deve ser um estímulo. Pois, à medida que alinhamos nossas súplicas à vontade do Pai, Ele é fiel para responder nossas orações.

Petição

Senhor, alinha minhas súplicas à tua vontade e que se cumpra o Teu querer.

Aplicação

Refletirei sobre as motivações por rás das minhas orações.