Leitura: Salmos 53
Seleção
Os tolos dizem em seu coração: “Não há Deus”. São corruptos e praticam o mal; nenhum deles faz o bem. Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém é sábio, se alguém busca a Deus. Todos, porém, se desviaram; todos se corromperam. Ninguém faz o bem, nem um sequer!
Salmos 53.1-3
Observação
A grande maioria das pessoas se considera cidadã de bem. Dizem: “sou um trabalhador honesto, trato bem meu cônjuge, cuido dos meus filhos, pago meus impostos, nunca matei e nunca roubei; sou um cidadão de bem”. No entanto, ao refletirmos sobre as palavras deste Salmo, percebemos que, aos olhos de Deus, toda a humanidade é má.
Por trás dessa percepção está a ideia do chamado “pecado original”. A transgressão de Adão contaminou toda a criação de Deus. Antes, tudo era perfeito, mas a queda afetou toda a humanidade. Por causa disso, todo ser humano nasce com essa mancha do pecado. Isso não significa que nascemos tão maus quanto poderíamos ser, mas que esse pecado afeta todas as áreas de nossa existência, desde a razão e as emoções até as vontades e o próprio corpo físico.
Devido a essa pecaminosidade inerente, todos nós falhamos em diversos momentos da vida. Mesmo que, ao nos compararmos com um assassino, não nos consideremos tão maus quanto ele, diante de Deus, todos somos pecadores. Porque, de alguma forma, transgredimos a Lei de Deus. Qualquer pessoa que faça uma autoanálise honesta reconhecerá essas transgressões.
Diante dessa realidade, toda a humanidade é considerada pecadora desde o nascimento; portanto, merecedora de punição, que no caso de transgressão da Lei de Deus, é a condenação eterna.
Mas antes de se desesperar, é importante reconhecer o quão bom e amoroso é o nosso Deus. Ao enviar Jesus para morrer em nosso lugar, Deus Pai retira de nós a punição, colocando-a sobre seu Filho. Sua ira santa e justa é depositada em Cristo, que foi sacrificado em nosso lugar. Dessa forma, fomos reconciliados com Deus e já não haverá mais condenação para aqueles que creem em Jesus e depositam sua confiança na obra da cruz.
Essa gloriosa verdade deveria nos encher de exultação. Fomos libertados da condenação eterna e, ao mesmo tempo, feitos filhos de Deus. Fomos adotados em sua família e, por isso, feitos herdeiros. No dia do Juízo Final, não receberemos a pena que merecíamos, mas um presente imerecido. Viveremos a eternidade na presença de Deus, onde experimentaremos paz, plenitude e completa satisfação. Não haverá mais dor, sofrimento ou morte, somente alegria e prazer na presença de Deus.
Petição
Obrigado Senhor, por me amar sem mesmo eu merecer. Ajuda-me a compreender a profundidade desse amor e a corresponder à altura.
Aplicação
Viverei para a glória de Deus.
